Quando comecei em uma empresa, como Gerente Comercial, fui logo alertado pelo RH que havia um estagiário em minha equipe que provavelmente me traria problemas.
Para não tirar conclusões com a opinião dos outros, preferi observá-lo por algum tempo e depois conversar com ele.
O que vi, foi que:
- Dia sim, dia não ele chegava atrasado
- Sempre com barba por fazer
- Vestido todo dia como “casual Friday”
- Vários colegas de trabalho o chamavam de “estagiário” e não por seu nome
- E seu andar era curvado, costas arcadas.
Chamei ele na sala, e primeiro o elogiei por ter apenas 20 anos, e estar no último ano de comércio exterior, falar espanhol e inglês.
Continuei, listando o que vi nele, observando-o por um tempo e mencionei que pessoas da empresa apenas viam seus “defeitos” e suas qualidades não eram lembradas.
Falei que via nele grandes qualidades e que poderia ser um grande profissional, porém ele teria que querer, e ainda completei que eu o ajudaria a ser melhor.
O que todos viram nos meses seguintes, foi uma grande mudança e foi ótimo ver acontecendo.
Em pouco tempo, eu o efetivei, conseguimos um aumento de salário e ainda eu e ele viajamos por seis países na América do Sul, visitamos clientes, alguns “prospects”, aumentamos as vendas e o número de clientes.
Antes o estagiário, foi julgado por seu “bad behavior”, ninguém estendeu a mão, não o chamaram para apontar o que estava errado e muito menos sugeriram mudanças, ele precisava de um mentor e foi o que fiz.
Ignore os críticos que só criticam – Busque um mentor.
Até breve.
Marcelo Severichx