Qual é o papel do consultor de empresas?

 

O consultor e autor de vários livros, Peter Block, define desta maneira o consultor:

“É a pessoa que tem certa influência sobre um indivíduo, um grupo ou uma organização, mas não tem poder direto para efetuar mudanças ou implementar programas.”

Muitos empreendedores/empresários, acreditam que o consultor assumirá o controle da empresa, vai tirar vantagens e até divulgar informações confidências da sua empresa, vendo na figura do consultor o “inimigo”.

Outro ponto a se destacar é que na grande maioria dos casos, há resistência ao consultor, simplesmente, porque o empreendedor/empresário não quer assumir a falta de conhecimento ou capacidade para resolver determinada situação ou problema.

E afirmo tranquilamente, não há problema nenhum em não ter capacidade ou conhecimento suficiente, não sabemos tudo e nunca saberemos e quanto mais rápido uma pessoa for chamada para ajudar, mais rápido haverá solução.

O fato é que o empreendedor contratará um consultor pelo qual tenha, total confiança, por isto a grande maioria dos consultores atende novos clientes por indicação, pois foi comprovado por um colega seu que o consultor não é vilão e que realmente ele contribuiu.

Na maioria dos casos, o consultor indicado, é chamado porque um problema foi detectado, e assim vai ouvir o relato da situação pelo cliente – Na maioria dos casos, “a vaquinha já está alojada no brejo” – Pena que a minoria pense no consultor para construir o planejamento estratégico da empresa.

Havendo sido contratado para o problema que ele acaba de ouvir do cliente, o consultor deve, em seguida, ouvir a equipe em grupo e/ou individualmente, além disto deve levantar dados, informações e números para completar sua análise.

Após estas etapas, ele terá a real situação da empresa e o verdadeiro problema ou problemas.

Segue assim, junto com o contratante e os colaboradores designados, que devem listar os planos de ação para cada problema encontrado, bem como, seus responsáveis, prazos e indicadores.

Esta lista deverá ser apresentada em reunião para o contratante e para quem mais participar do projeto (o consultor deve sugerir os participantes, também) – Aprova-se os planos de ação e o restante.

Vem a implementação.

Como consultor, prefiro seguir de perto.

No primeiro mês, acompanho, no mínimo, uma vez por semana. No segundo mês, reúno a equipe, a cada 15 dias. A partir do terceiro mês, uma vez. Geralmente, após esta última reunião, já existe um novo hábito criado na empresa, para que reúnam-se e acompanhem suas atividades e façam as correções.

Reforço que o consultor acompanhará o andamento da implementação e seus prazos, ficando a cargo da equipe da empresa contratante, implementar os planos de ação definidos por todos.

Algumas empresas, preferem encerrar a consultoria, após esta etapa.

Minha sugestão,  é a de mantermos uma reunião, uma vez por mês.

É importante manter esta reunião, pois o papel do consultor está em manter o foco nos objetivos e nas metas estipuladas.

Até breve.

Marcelo Severich