Certa vez, fiz uma consultoria em uma pequena empresa, administrada por um casal, onde nenhum deles, na verdade, era feliz na função de gerir a empresa.
Descobri que a consultoria é vista por muitos, como um “desfibrilador” – aquele aparelho usado em parada cardiorrespiratória, que busca reorganizar o batimento cardíaco.
Foi o caso desta consultoria que fiz, a empresa acumulava uma dívida 4 vezes maior que seu faturamento médio mensal, sendo que chegou nesta situação, exclusivamente por não mudar “quase nada”, na forma da empresa atuar, desde sua fundação, 25 anos antes.
E pagou um, preço caro, afinal o mundo muda todo dia, seu cliente, seu concorrente, a tecnologia, as tendências, o governo e assim por diante.
Percebendo a enorme dificuldade de mudança dos donos, eu pedi ao proprietário, que começasse a desapegar de coisas, isto já é um preparo emocional para o desapego de conceitos velhos e que não funcionam mais.
Havia um espaço ao lado da sala dele, pedi para ele iniciar a limpeza, estava uma bagunça sem tamanho.
Ele pediu para funcionários limparem, entre tudo que acharam na sala, eles haviam separado, 6 ventiladores, para jogar fora, que NÃO FUNCIONAVAM, estavam guardados havia anos e que o conserto era inviável.
Mostraram ao proprietário, que não conseguiu jogar fora os ventiladores, uma pena.
No dia seguinte passei um relatório com pouco mais de 20 planos de ação que traçamos, os quais não foram cumpridos, logo em seguida falei que encerraria minha consultoria.
Se for gestor de uma equipe de vendas, por exemplo, nunca haverá “novas formas” de:
- Abordar clientes
- Levantar necessidades
- Entender e oferecer o melhor produto ou serviço
- Negociar a venda
- Fechá-la
É necessário desapegar, senão nada novo entra na sua vida, na da sua equipe, muito menos na sua empresa.
Até breve.
Marcelo Severich