Porque profissionalizar uma empresa familiar?

 

De forma conservadora, é estimado que no Brasil cerca de 90% das empresas são familiares.

Apenas 30% destas empresas chegam até a segunda geração, metade delas quebra e outras são vendidas entre a primeira e segunda geração.

Segundo o IBGE,  apenas 5% chegam até a terceira geração.

A grande maioria destas “sobreviventes” passou por processos de profissionalização, tratando o negócio, como negócio, o qual deve proporcionar resultado aos sócios.

O primeiro e principal problema reside, justamente na figura que deu vida ao sonho de ter seu próprio negócio: O Fundador.

Quando o momento de passar o comando da empresa, se aproxima, ele se depara com algumas questões que o atormentam, como por exemplo:

  • Perder o controle do negócio que fundou;
  • Perde o poder;
  • Perde o status;
  • Sentir que não é mais útil;

Além disto, a simples menção da palavra “Profissionalizar”, gera pânico ao fundador, bem como a sugestão de algum colaborador, um tanto quanto “desavisado”, de ter que contratar um consultor para mediar e iniciar este processo, também causa aversão.

Profissionalizar significa adotar novos modelos, processos, pessoas, ou seja, exige mudança, que não é vista com bons olhos em nenhum lugar, pois obriga a romper com crenças e conceitos enraizados desde “sempre”.

O fundador pode evitar esta “dor” e eleger entre seus herdeiros, aquele que ele realmente acredita ter as habilidades necessárias para conduzir a empresa e iniciar seu treinamento, seu preparo, com pelo menos 10 anos de antecedência de sua aposentadoria da condução da empresa.

Escolher pessoas da família, sem nenhuma avaliação do conhecimento, sem nenhum critério, colocará a empresa em perigo e abrirá precedente para que outros herdeiros, sem preparo, envolvam-se na empresa.

Importante também saber que pode não haver alguém preparado, nem mesmo nós 10 anos de treinamento, sendo assim, é papel do fundador cercar-se de pessoas competentes e escolher um executivo habilitado para a função.

Outro ponto importante a ser conduzido pelo fundador, durante este processo, esta relacionado ao quadro societário, cada um dos herdeiros deve estar contemplado, se for da vontade do fundador, o que importa é que tudo esteja em contrato, assim a empresa, sócios, colaboradores, etc., estarão protegidos.

Estas medidas vão evitar que interesses particulares dos herdeiros, interfiram no futuro da empresa para que esta possa seguir até a próxima geração assumir.

Até breve.

Marcelo Severich